O que faz um profissional de Sistemas Embarcados | SENAI Educação

O que faz um profissional de Sistemas Embarcados

7/02/2025

O profissional tecnólogo em Sistemas Embarcados é o profissional especializado em desenvolver, implementar e gerenciar sistemas que incorporam hardware e software para desempenhar funções específicas em dispositivos. É um profissional a cada dia mais procurado na Indústria 5.0, que conta com a vanguarda humana e sua capacidade cognitiva, somada às máquinas e todas as tecnologias que já envolviam a Indústria 4.0, como: Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (IA), Aprendizado de máquina, Robótica avançada, Computação de Borda (Edge Computing), entre outros.

Uma das tendências para 2025, de acordo com Marcelo João Bortolini, Gerente de Pesquisa da Selgron, empresa especializada em soluções de automação industrial, será os equipamentos virem com tecnologias embarcadas mais modernas. O tecnólogo em Sistemas Embarcados é quem projeta e instala nos equipamentos essas tecnologias, permitindo a automação da máquina e, inclusive, a conexão entre máquinas (IoT).

Conforme estudo da Frost & Sullivan, até 2027 a Internet das Coisas deve crescer em quase 20% ao ano no Brasil, prevendo chegar a 700 milhões de dispositivos vendidos e representando praticamente a metade de toda a América Latina. A projeção de Marcus Pinheiro, executivo do Gartner, vai além, e estima 20 bilhões de dispositivos conectados em todo o mundo até 2032, sendo o Brasil, a terceira região de maior crescimento, com uma taxa de 13,5% ao ano.

No entanto, o presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), Paulo Spaccaquerche, aponta alguns fatores impedem que a IoT seja plenamente desenvolvida e consolidada no Brasil: a viabilidade de compra de equipamentos e ferramentas, o fator cultural - causado pela falta de interoperabilidade, gerenciamento de mudanças e segurança - e a falta de mão de obra qualificada. Por isso, para alavancar o Brasil no mercado de sistemas embarcados e todas as tecnologias que se relacionam, como IoT, é necessário maior investimento das empresas e profissionais que queiram convergir suas qualificações para a área.

O que são sistemas embarcados

Sistemas embarcados consistem na integração de hardware e software projetados para funcionar de maneira coordenada, desempenhando funções específicas dentro de um sistema maior. Estão presentes, ainda, em grande maioria dos equipamentos que utilizamos em nosso dia a dia, como celulares, máquinas de lavar, automóveis, sistemas de segurança, sistemas de rastreamento e de geolocalização, entre muitos outros. Esses sistemas buscam desempenhar funções dedicadas, predefinidas e limitadas, geralmente em tempo real, para controlar ou monitorar equipamentos e processos, desta forma, são bastante úteis na automação industrial, onde atuam em diferentes níveis.

Ao pensar em uma pirâmide, teríamos os sistemas em nível de campo na base, em nível de controle logo acima e em nível de informação no topo. Em nível de campo, os sistemas embarcados coletam dados – de pressão, temperatura, velocidade - para ajudar o tomador de decisão a gerenciar a fábrica, otimizando processos. Em nível de controle, são programados para manter as máquinas funcionando em sincronia e com eficiência. Em nível de informação, os sistemas embarcados são considerados de alto desempenho e monitoram todo o sistema abaixo dele, de forma a gerar relatórios de produção e medir o processo como um todo a fim de juntar dados para análise e tomadas de decisões.

Importância de um profissional capacitado no setor

Conforme as tecnologias avançam com automações, Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial, entre outras, há maior necessidade de profissionais especialistas em sistemas embarcados, sendo esse fundamental para a realização efetiva das integrações e implementações.

Entre as principais atividades do tecnólogo em Sistemas Embarcados, podemos destacar: o desenvolvimento tanto de software controlador de dispositivos, quanto do hardware o sustenta; a criação, testagem e validação de sistemas embarcados para garantia do funcionamento; a garantia do atendimento a padrões de qualidade e segurança; a integração de componentes eletrônicos, sensores e atuadores para operação como um sistema único; manutenção de sistemas embarcados, solucionando problemas e otimizando o desempenho dos dispositivos; estudos de viabilidade técnica e econômica para projetos de sistemas embarcados, avaliando custos e benefícios; criação e manutenção de documentações técnicas relativas ao funcionamento dos sistemas e aos processos de desenvolvimento.

O profissional em sistemas embarcados pode atuar em empresas que desenvolvam produtos como microcontroladores, placas de circuito e dispositivos eletrônicos; em projetos de sistemas embarcados para controle de processos industriais e robótica; em empresas que desenvolvem equipamentos de comunicação (modems, roteadores e dispositivos móveis); no desenvolvimento de sistemas embarcados para veículos (incluindo controles de motor, sistemas de segurança e entretenimento); na criação e manutenção de dispositivos médicos e equipamentos que utilizam sistemas embarcados (como monitores de pacientes e equipamentos de diagnóstico); no desenvolvimento de sistemas embarcados para aeronaves, drones e equipamentos militares; em institutos e centros de pesquisa; em instituições de ensino, mediante formação requerida pela legislação vigente, entre outros.

Formação técnica

O curso superior de tecnologia em Sistemas Embarcados do SENAI-RS forma profissionais capacitados para desenvolver, projetar e implementar soluções tecnológicas inovadoras voltadas a sistemas embarcados, aplicando conhecimentos avançados de engenharia de software, eletrônica e design de produtos.

A formação busca preparar o egresso para atuar de forma crítica e ética em diferentes setores da economia, capacitando-o a solucionar problemas complexos por meio de técnicas modernas de desenvolvimento e de gestão de projetos. Além disso, visa fomentar competências como inovação, empreendedorismo e responsabilidade socioambiental, formando um profissional apto a liderar equipes multidisciplinares e a contribuir para o avanço tecnológico da área. Entre seus componentes curriculares, constam: Análise de Circuitos; Sistemas Microprocessados; Programação Orientada a Objetos; Banco de Dados; Internet das coisas; Sistemas de Controle; entre outros.

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