A Indústria 4.0 é um conceito que engloba o uso de tecnologias avançadas para proporcionar inovação, automação e melhorias nos processos de manufatura. Os robôs inteligentes fazem parte dessa revolução industrial e atuar em parceria com os homens.
Essa evolução está levando eficiência e lucratividade para os negócios. Assim, existe a necessidade dos profissionais se adaptarem e qualificarem para esse novo contexto, aprendendo a conciliar os seus conhecimentos e habilidades com a tecnologia.
A maneira de trabalhar e de se comunicar com as outras pessoas mudou muito rápido nos últimos anos. O primeiro celular chegou ao Brasil em 1990 e só fazia ligações telefônicas. Em 2001, já foi criado um celular que enviava mensagens e fazia fotografias. A tecnologia avançou e hoje existem múltiplos modelos de aparelhos inteligentes, os famosos smartphones.
O que isso quer dizer? O profissional de 1990 precisou seguir as mudanças e passou das ligações para as conversas pelo WhatsApp. Da mesma forma, é preciso acompanhar as tendências do mercado para identificar quais serão as novas maneiras de trabalhar daqui para frente.
Cada vez mais, a tecnologia está fazendo parte do contexto social e toma proporções maiores a todo momento. Você pode observar pelos smartwatches, smart TV's e outros dispositivos domésticos conectados à rede. Quem não se adapta a nova realidade e busca conhecer o funcionamento das novas tecnologias, fica para trás.
Equipamentos tecnológicos estão cada vez mais conectados para gerar automação nas fábricas. Alguns sensores são implantados nas máquinas para captar diferentes dados e logo encaminhados para a nuvem e sistemas inteligentes a fim de levar informações relevantes para o gestor.
Softwares, aplicativos e plataformas estão cada vez mais integrados para trazer automação e eficiência às fábricas. Os dados coletados têm a função de formular insights para alcançar melhorias na gestão do negócio.
Hoje, uma das principais prioridades é diminuir a perda de recursos na elaboração de protótipos de produtos. A tecnologia da indústria 4.0 tem o papel de diminuir esses custos da empresa. O modelo de um avião, por exemplo, pode ser formado a partir de simulação digital.
Ainda é possível verificar como devem ficar os processos industriais sem a necessidade de parar toda a produção. Essa simulação digital facilita a identificação de erros e a correção deles antes mesmo de iniciar a fabricação dos produtos.
A Siemens é uma empresa que já investe nesse modelo de tecnologia: durante a Feira de Hannover, na Alemanha, o conceito foi apresentado para os demais empresários. Ela mostrou um case na indústria automotiva, unindo a tecnologia dos softwares para acompanhar a produção de um veículo a partir da criação de um protótipo digital.
A indústria valoriza a colaboração entre os homens e os robôs. Essa tendência é denominada de “cobot”: equipamentos pequenos fazem algumas tarefas manuais, enquanto a gestão deles é feita pelos homens.
O investimento no cobot não é tão alto quanto em um robô que realiza todas as demandas. Por isso, acredita-se que essa é uma opção mais viável para as indústrias. Uma versão semelhante dessa funcionalidade pode ser observada nas cirurgias realizadas por robôs. Um médico acompanha o procedimento em vídeo, enquanto o equipamento faz o "trabalho braçal".
A tecnologia, então, permite conciliar os movimentos sensitivos dos homens e a precisão e agilidade de um robô. Os cobots são utilizados nas indústrias para desenvolver atividades consideradas inseguras para as pessoas, complementando o desenvolvimento das tarefas.
A computação em nuvem, a inteligência artificial e a internet das coisas (IoT) já integram os ambientes fabris e impactam diretamente na produtividade e eficiência das indústrias. Com esse avanço, as máquinas compartilham informações, registram estatísticas e promovem o desligamento automático de algum equipamento caso seja identificado um problema de segurança ou desempenho.
A conectividade das máquinas com a internet tem facilitado o rastreamento das peças, a análise da capacidade produtiva e a elaboração de planos de manutenção mais eficientes.
A IoT auxilia os gestores nos processos de tomada de decisão, pois disponibiliza as informações certas no momento em que são necessárias. Ela compara dados anteriores aos registrados no dia atual, gerando uma informação relevante para quem atua no segmento.
A computação em nuvem, por sua vez, tem o papel de armazenar os dados e permitir que eles sejam utilizados depois para criar análises sobre o negócio.
É possível notar que as principais tendências da Indústria 4.0 estão revolucionando a forma de trabalhar nesses ambientes. Logo, o profissional precisa estar atento às mudanças e avanços do setor.
A Ambev, por exemplo, implantou a automação nos seus processos para melhorar o controle no resfriamento da cerveja. A Volkswagen Brasil utiliza a tecnologia para simulação de projetos a fim de levar agilidade e flexibilidade ao seu ambiente. Ela também investe no treinamento da equipe para que todos saibam utilizar as novas ferramentas.
Sendo assim, a melhor maneira de se preparar para essas mudanças é incentivar a inovação na fábrica em que já atua para sair na frente dos concorrentes. É fundamental buscar cursos de formação continuada para aprender como lidar com as novas tecnologias que surgem.
Os cursos de pós-graduação também são importantes, pois eles estimulam a troca de experiências entre os participantes e integram os principais conceitos às práticas na indústria. Então, o estudante aprende a reduzir os erros e a aumentar a segurança na manufatura com o uso da tecnologia.
As tendências da Indústria 4.0 já revolucionam as fábricas com a implantação de processos mais inteligentes. Agora, cabe ao profissional buscar maneiras de se preparar para esse contexto e saber atuar nesse novo mercado.